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[Artigo] Mobilidade e gênero em São Paulo, Brasil

Atualizado: 23 de set. de 2021

Como a desigualdade de gênero se expressa no espaço urbano.


Autoras: Marina Kohler Harkot, Letícia Lindenberg Lemos e Paula Freire Santoro

RESUMO:


A desigualdade de gênero no urbano se expressa através de padrões de mobilidade e modos de deslocamento. Uma análise da pesquisa Origem-Destino de São Paulo, realizada pelo Metrô, mostra que os padrões masculino e feminino são bastante diferentes, sendo as mulheres a maioria no uso do ônibus e andar a pé, mas apenas 12% dos ciclistas (Metro, 2012). Como explicar as diferenças? Há algum tempo os estudos de mobilidade urbana têm se concentrado nas diferenças entre os padrões de mobilidade de homens e mulheres (Dumont e Franken, 1977, Coutras, 1997, Vidal, 2004; Hanson, 2010; Rasselet et al., 2011), mas muito pouco se explorou sobre o contexto brasileiro e o uso da bicicleta (Pantoja, 2014, Siqueira, 2015, Svab, 2016, Lemos et al., 2016). Já que os padrões de mobilidade feminina estão relacionados ao uso e à circulação das mulheres nos espaços públicos e ao seu vínculo histórico com a domesticidade e o trabalho reprodutivo, como é que a construção social e cultural do gênero pode explicam as diferenças encontradas na pesquisa Origem-Destino no que diz respeito ao uso da bicicleta como meio de transporte? E o que essas diferenças significam? Este artigo tem como objetivo explorar o contexto brasileiro sobre gênero, espaço urbano e mobilidade urbana e analisar o uso da bicicleta pelas mulheres de São Paulo. Isso será feito usando a literatura local sobre o assunto e os dados disponíveis sobre o uso da bicicleta, discutindo as descobertas a partir de uma perspectiva de gênero.


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