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CSN chama restruturação dos transportes de Salvador de “desastre” e fala em cobrança na Justiça

Atualizado: 8 de jul. de 2021

Publicado no Diário do Transporte

Prefeito Bruno Reis decretou caducidade do contrato neste sábado (27) depois de nove meses de intervenção. Por Adamo Bazani

A CSN (Concessionária Salvador Norte) reclamou da gestão da prefeitura no setor de transportes e chegou a classificar a restruturação do sistema realizada pelo poder público como um “desastre”.

A manifestação ocorreu à imprensa local após o prefeito Bruno Reis ter anunciado neste sábado, 27 de março de 2021, o rompimento do contrato com o consórcio alegando diversas irregulares operacionais, fiscais e trabalhistas.

Segundo o prefeito, as dívidas da CSN são de R$ 516 milhões.

Os serviços estavam sob intervenção da prefeitura desde 16 de junho de 2020 e, com a caducidade, passam a ser de inteira responsabilidade do poder público.

Na nota, a CSN diz que a prefeitura foi “omissa” em “cumprir sua parte no contrato” em seis anos e criticou a prefeito, cuja postura foi classificada como “arrogante” e ainda usou o termo “incompetência” ao se referir sobre a atuação do Sindicato dos Trabalhadores no impasse.

NOTA OFICIAL DAS ACIONISTAS DA CSN

A CSN é formada por empresas que atuam com sucesso há mais de 60 anos no transporte público de Salvador. A decretação da caducidade do contrato é resultado do desastre que foi a reestruturação promovida no sistema de ônibus da nossa capital. A omissão do poder concedente em cumprir a sua parte no contrato de concessão, por mais de 6 anos consecutivos, levou ao exaurimento financeiro da CSN, o que é a origem dos problemas apontados. A CSN tentou, até o último momento, o diálogo propositivo com o Poder Concedente, que fechou as portas para uma solução justa e consensual. A solução proposta pela prefeitura foi uma tentativa de, novamente, se esquivar das suas responsabilidades relativas ao período anterior e durante a intervenção, ao requerer a desistência das ações ajuizadas pela CSN, onde serão comprovadas todas as irregularidades e irresponsabilidades da Prefeitura na condução do contrato, daquele que foi reconhecido pelo próprio Prefeito como o pior sistema de transportes do país. A justiça vai cobrar da Prefeitura as suas responsabilidades. A história vai cobrar do Prefeito pela arrogância e incompetência e da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores pela postura subserviente ao Poder em desprezo ao interesse dos trabalhadores.

O Diário do Transporte também mostrou que há uma possibilidade de greve dos funcionários da CSN, cujo lote de operação é formado pelas regiões de Mussurunga e Orla, sendo a maior integração com a linha 02 do Metrô.

Os trabalhadores temem calote da CSN, que continua responsável pelos débitos trabalhistas, já que a caducidade do contrato não isenta dessa responsabilidade.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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