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Salvador terá primeira estação de compartilhamento de bicicletas na periferia

Atualizado: 14 de nov. de 2022

Com foco na periferia, Bike Comunidade emprestará bicicletas utilitárias, de carga e handbikes a pessoas que as utilizarão principalmente como ferramenta de trabalho. Por Enzo Bertolini.


Publicado no Vá de Bike

Bicicleta cargueira, usada como ferramenta de trabalho, será emprestada a pessoas que vivem na periferia da capital baiana. Na imagem, bike cargueira sendo usada no centro da capital paulista. Foto: Sabrina Duran


A prefeitura de Salvador (BA) está analisando locais para receber o Bike Comunidade, projeto que visa criar 40 estações de empréstimo de bicicletas na periferia da cidade. As bikes serão utilitárias, ou seja, com formatos e recursos para o transporte de cargas. O objetivo é contribuir com a mobilidade e acessibilidade das comunidades por meio da bicicleta.


A primeira estação será implantada até o fim de 2014 e receberá investimentos de cerca de R$ 150 mil. Assim como ocorre no Bike Salvador, o Itaú Unibanco será parceiro no projeto e responsável pela aquisição das bicicletas e apoio à comunidade para manutenção do sistema. O subúrbio ferroviário, região que abrange os bairros Plataforma, São Tomé de Paripe e Base Naval na região noroeste da capital baiana, é o local mais cotado para receber a primeira estação.


Segundo o Escritório Municipal de Projetos Especiais (EMPE), responsável pelo Movimento Salvador Vai de Bike, a ideia é que a bicicleta colabore para o desenvolvimento comunitário, unindo diferentes aspectos como trabalho, estudos, compras, transporte de pequenas cargas, lazer, entregas de mercadorias, saúde e qualidade de vida, serviços comunitários e busca de oportunidades de trabalho, por exemplo.


Espaço amplo

As estações do Bike Comunidade não serão meros totens, mas espaços amplos onde haverá uma mini oficina equipada com ferramentas para efetuar pequenos reparos e ajustes nas bikes. O espaço terá ainda banheiros e locais de convivência.


Multiuso, bicicleta utilitária pode transportar volumes de diferentes pesos e dimensões. Foto: Sabrina Duran

Cada estação terá 45 vagas, com 31 bicicletas utilitárias divididas da seguinte forma:

  • 27 bicicletas utilitárias com garupa e cesta frontal, favorecendo o transporte de objetos, ferramentas de trabalho, compras, livros e material escolar entre outros;

  • 3 bicicletas especiais carga pesada – desenhadas especialmente para suportar cargas maiores. Bastante útil para as atividades de caráter comercial, criando a possibilidade de gerar renda na prestação de serviços na própria comunidade, ou facilitando, também, a realização de trabalhos comunitários;

  • 1 triciclo handbike para cadeirantes – equipamento adaptado, visando também contribuir com a mobilidade e que poderá ser utilizado para processos de reabilitação.

O Bike Comunidade ainda terá um espaço adicional para a guarda de mais 15 bicicletas.

Cada residência poderá ter até três pessoas cadastradas, efetuadas a partir da apresentação de documento de identificação com foto e comprovante de residência. O tempo máximo de empréstimo será de três horas.


Diferenças

Apesar de terem semelhanças no formato, o Bike Comunidade se difere do Bike Sampa, por exemplo, na definição dos locais de instalação das estações. Enquanto em São Paulo a definição ocorre entre a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e o Itaú, em Salvador a escolha do local vai obedecer critérios próprios da prefeitura.


Segundo o secretário do EMPE e Coordenador do Movimento Salvador Vai de Bike, Isaac Edington, “a condição primordial para a comunidade receber o projeto é contribuir ativamente para a conservação dele”.

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