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Obra do BRT Salvador tem o valor mais alto entre várias capitais do País

Por conta destas diferenças, a vereadora petista Marta Rodrigues cobrou explicações da prefeitura e pediu mais transparência na implantação do BRT. Por Roy Rogeres

Publicado no Jornal A Tarde

Com o custo estimado entre R$ 68,3 milhões e R$ 117 milhões por quilômetro (km) construído e investimento previsto de R$ 820 milhões, a obra do BRT Salvador se configura como a mais cara dentre várias capitais brasileiras. De acordo com dados do Ministério das Cidades fornecidos para o movimento Salvador Sobre Trilhos, em comparação com Rio de Janeiro (RJ), Belém (PA), Recife (PE), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), entre outras, o valor por cada quilômetro implantado na capital da Bahia chega a custar o triplo das demais.

Por conta destas diferenças, a vereadora petista Marta Rodrigues cobrou explicações da prefeitura e pediu mais transparência na implantação do BRT.

O trecho 1 do BRT compreende a área da Avenida ACM entre o Parque da Cidade, na entrada do Itaigara, e o Iguatemi, em frente à rodoviária.

Este trecho faz parte do projeto Corredores de Transporte Coletivo Integrado de Salvador e possui 2,9 km, no qual serão construídos cinco viadutos.

O trecho 2 (segunda etapa) do BRT tem previsão de implantar 5,5 km de corredores exclusivos que partirão da estação da Lapa, no centro da cidade, até a região do Iguatemi (ligará a Estação da Lapa ao Parque da Cidade).

O custo orçado é de R$ 412 milhões, sendo R$ 300 milhões de repasses da União. Outros R$ 112 milhões serão financiados pela Caixa Econômica Federal. Já o terceiro trecho que vai do Parque da Cidade até a Pituba, no Posto dos Namorados, é uma expansão de 1,8 km e contará com duas estações e um terminal.

O trajeto completo do projeto interligará a Estação da Lapa ao Iguatemi e implantará vias exclusivas de fluxo contínuo para o sistema no corredor formado pelas avenidas Juracy Magalhães, Lucaia e ACM.

Justificativa

Para a vereadora líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, Marta Rodrigues (PT), não havia necessidade da implantação do BRT para este trajeto, uma vez que já existe o sistema viário desenvolvido no trecho Lapa-Iguatemi, inclusive com o metrô, ao contrário das áreas mais carentes do município.

Em abril do ano passado, Marta Rodrigues enviou ofício à prefeitura cobrando o estudo que baseia a implantação do BRT com trecho inicial de 2,9 km por R$ 376 milhões, de acordo com edital, ligando a estação da Lapa ao Iguatemi.

Entretanto, diz não ter obtido respostas. Este mês, ela voltou a solicitar do executivo municipal os estudos de impacto de vizinhança e ambiental com a construção dos quatro elevados previstos no projeto. Mas são os valores da obra, comparados as implantações em outras cidades, o que mais lhe chamam a atenção.

“Além de ser ultrapassado, tem um valor exorbitante que destoado que foi gasto com o mesmo modal nas principais capitais. O custo por quilômetro do BRT em Salvador é duas vezes maior que o do Rio de Janeiro. Qual a explicação para o gasto de dinheiro público com um modal que não vai atender bem a cidade?”, questionou, ao exigir da prefeitura explicações e transparência.

A vereadora levantou outros problemas que considera graves, a exemplo da construção de quatro elevados somente no trecho 1 e dos tamponamentos dos rios Camarajibe e Lucaia, com a derrubada de 579 árvores.

“Somente a construção dos elevados representa R$ 179.350.079,85. Elevados são obsoletos, estão sendo derrubados, a exemplo da perimetral do Rio de Janeiro. Além disso, a prefeitura vai cortar 579 árvores”, lamentou.

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