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Bruno Reis reconhece tarifa elevada nos ônibus e cobra auxílio do Governo Federal

Bruno Reis ainda reconheceu a má qualidade do transporte público de Salvador, mas alegou que a "tarifa elevada" não é suficiente para manter a operação. Por Daniel Genonadio


Publicado no jornal A Tarde

Foto: Bruno Concha

A prefeitura de Salvador apresentou na manhã desta terça-feira, 57 novos ônibus com ar-condicionado para a renovação da frota de transporte na capital. Ainda são esperados novos veículos que, somados, chegarão ao total de 169 novos coletivos entregues somente no mês de outubro.

De acordo com a Prefeitura, desse total, 40 ônibus serão operados pela empresa OTTrans e os outros 30 pela Plataforma. Os veículos atenderão, principalmente, a região da orla da capital baiana, que anteriormente era uma área com serviço fornecido pela CSN, empresa que entrou em crise e pôs fim a sua operação na capital baiana.

"Precisávamos oferecer aos moradores dessa área da cidade que foram os mais penalizados pela crise da CSN a renovação da frota. Hoje, estamos entregando 70 veículos de um total de 169 que chegarão todos no mês de outubro, todos com ar-condicionado. Isso irá corresponder a 10% da nossa frota de ônibus. Somado ao que já tínhamos, vamos chegar a 37% da nossa frota com ônibus com ar-condicionado", disse o prefeito Bruno Reis em entrevista no Centro de Convenções de Salvador.

Bruno Reis ainda reconheceu a má qualidade do transporte público de Salvador, mas alegou que a "tarifa elevada" não é suficiente para manter a operação. "Salvador nunca tinha colocado um real no transporte público. Hoje, a tarifa não remunera mais o sistema. O usuário paga uma tarifa elevada de R$ 4,40, por um sistema que não é de boa qualidade, e isso é reconhecido. Porém, esse valor não mantém o sistema de pé. É uma operação mais cara do que o metrô. As prefeituras não tem condição de assumir essa conta", ressaltou.

Bruno ainda revelou que em 2021, prefeitos se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes e o ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas "para cobrar um socorro no desequilíbrio da pandemia". De acordo com o prefeito, não houve reduções de impostos que impedissem o aumento do custeio do sistema. Para ele, o governo federal deveria auxiliar as cidades.

"A prefeitura de Salvador sem ter condições de subsidiar o transporte público, gastou em 2020 e 2021, R$ 206 milhões. Dava para construir dois centros de convenções, ou mais dois novos hospitais. Em vários países, o governo dá um estímulo ao transporte público e aqui no Brasil, infelizmente, não temos essa cultura", cobrou o gestor.

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