Movimento baiano segue tendência mundial do Movimento Massa Crítica. Bicicletada acontece na última sexta-feira do mês, faça chuva ou faça sol.
Publicado em G1-BA
A história começou há um ano na Bahia. Seguindo a tendência mundial de trocar os veículos automotivos por veículos de energia limpa, o Movimento Massa Crítica chegou à Salvador em março de 2010. Apelidado de Bicicletada, o movimento brasileiro acontece fortemente nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Em todo Brasil, a última sexta – feira do mês serve para alertar a população sobre a presença dos ciclistas no trânsito. Em Salvador cerca de 50 pedaleiros se reúnem para protestar pacificamente a favor do uso da bicicleta como transporte individual.
“Em Salvador reunimos em torno de 50 ciclistas. No entanto, o movimento não está fechado para ciclistas: pessoas de skate, patinetes e patins, podem participar. A ideia é confraternizar e protestar pacificamente. Usamos placas com mensagens para a população em geral e principalmente motoristas. Também criamos um folheto explicativo e educativo que distribuímos para motoristas para que eles passem a conhecer mais sobre as leis de trânsito que fazem referência à bicicleta”, explica um dos organizadores do movimento na Bahia, Pablo Florentino.
Florentino conta que objetivo é mostrar que é possível termos cidades mais humanas, mais verdes, mais coletivas, mais saudáveis, com mais pessoas nas ruas e fora do carro, criando um outro contato entre as pessoas e a própria cidade.
O movimento é também político, já que propõe melhores alternativas de transportes, tirando o foco do planejamento urbano que dá destaque aos carros. “Tenho participado de discussões públicas sobre mobilidade urbana e a prefeitura, quando se faz presente, entra muda e sai calada”. diz Florentino. Ele conta que é preciso que se crie uma campanha de respeito aos ciclistas e vai além. “Nós discutimos sobre a integração da bicicleta entre os modais como ônibus, planos inclinados e o futuro metrô, por espaços públicos de convivência com infraestrutura para receber as bicicletas”.
Artur Soares, um dos integrantes da 'bicicletada' optou por comprar uma bicicleta ainda na adolescência. De lá para cá, embora não tenha se passado muitos anos, ele não se separou mais da magrela. O convívio é diário. Ele pedala de casa, onde reside no bairro do Stiep, até a faculdade de Belas Artes no bairro do Canela ou para qualquer outro lugar. As ladeiras de Salvador não são problemas para o garoto que aos 16 anos viajou de Salvador até Recife na companhia do primo. Os dois foram sozinhos de bicicletas.
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