Audiência pública sobre o tema foi organizada pela Frente Parlamentar Mista Ambientalista. Por Assessoria da Vereadora Maria Marighella
Publicado no site da Câmara Municipal de Salvador
Ativistas de diferentes movimentos sociais, do meio ambiente, mobilidade e direito à cidade e representantes do poder público se reuniram na manhã de sexta-feira (27) para a primeira audiência pública convocada a partir do movimento Não ao BRT e das discussões da Frente Parlamentar Mista Ambientalista da Câmara Municipal de Salvador (CMS), presidida pela vereadora Maria Marighella (PT). A atividade teve transmissão ao vivo nos canais oficiais da CMS e está disponível no Facebook/@tveradiocam.
O debate sobre o BRT Salvador trouxe análises sobre os impactos financeiro-patrimonial, ambiental, urbanístico, estético e paisagístico sobre a concepção e execução deste projeto. Como comenta a vereadora, a visão dos ativistas é de que a obra vem devastando grandes áreas verdes, rios e fauna nas regiões por onde atravessa, que se trata de um projeto ultrapassado, de altíssimo custo e de risco sanitário, e privilegia o transporte individual.
O BRT Salvador é tido como o mais caro do país, com obras avaliadas em quase R$ 1 bilhão, e suas irregularidades já foram alvo de ações do Instituto dos Arquitetos do Brasil - Seção Bahia e dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, como diz Marighella.
Participaram do debate Heron José de Santana Gordilho, promotor de Meio Ambiente do Ministério Público do Estado da Bahia; Carl Von Hauenschild, arquiteto e membro do Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento Bahia (IAB-BA); Welton Luiz Costa Rocha, chefe de Gabinete do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema); Matheus Xavier, técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); e militantes do movimento Não ao BRT Salvador.
Encaminhamentos
A vereadora Maria Marighella disse que, mesmo com ausência de participação de representantes da Prefeitura, encaminhamentos puderam ser estabelecidos, como a convocação de reunião com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Salvador (Semob) e de pedido de informações à Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) quanto à manutenção e replantio das árvores; a análise do Iphan sobre os impactos do trecho que passa por poligonal tombada; os estudos de Impacto de Vizinhança e de Impacto Ambiental; além de pedido de informações à Embasa sobre impactos nas estações de água e de esgotamento sanitário.
“Foi uma forte audiência, histórica, de denúncia do impacto das obras sobre a vida da nossa cidade. E também momento de afirmação do direito à cidade e da participação social para que possamos criar a Salvador que queremos”, afirmou a vereadora Maria Marighella.
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