Poesia de Gilson Jesus Vieira
Seu governador muita gente chorou,
Em 15 de fevereiro de 2021 quando o trem parou.
Pra levar e trazer o pessoal,
Não teve mais trem, nem grana pra pagar o BUZU.
Ficamos sem trabalho, fomos andando a pé,
Como o secretário nos mandou,
No Sol quente ou na chuva,
Tirar caranguejo na lama do mangue de aratu.
Pra quem ainda pode pagar ônibus,
Tá mais lotado do que antes, é uma agonia,
Muito desespero e muita aglomeração,
O vírus tá aumentando nessa pandemia.
As dificuldades estão mais cruéis,
Demoliram as estações e não tem mais trilho,
Não tem emprego, o trem tá fazendo falta danada,
Nossa região sem a ferrovia, perdeu o coração e até brilho.
Também não brilha mais,
Os olhos dos pais e mães de família,
Que pegavam o trem pra se “virar”,
Nas feiras, no porto das sardinhas,
Traziam o pão de cada dia para a fome aliviar.
Disseram que o vinha pra nós era o VLT,
Mas esse pessoal, sem coração nos enganou,
O trem podia rodar junto, sem destruição.
Mas é monotrilho, com guia feia de concreto no alto,
E roda de pneu que estraga logo e causa poluição.
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