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Justiça nega pedidos de liminares para suspender construção do BRT de Salvador e obra é liberada

Atualizado: 27 de nov. de 2021

Decisão foi da 14ª Vara da Seção Judiciária da Bahia. Pedido era uma ação civil pública conjunta do MPF e MP-BA. Outro pedido foi feito pelo IAB-BA.


Por G1 BA



Projeto do BRT em Salvador — Foto: Divulgação

A Justiça Federal na Bahia negou, na terça-feira (10), dois pedidos de suspensão das obras do Bus Rapid Transit (BRT) de Salvador. A decisão ainda cabe recurso.


De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), um dos pedidos foi uma ação civil pública conjunta do órgão com o Ministério Público Estadual (MP-BA). A outra ação foi do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-BA), departamento da Bahia.




Canteiro do BRT visto de cima — Foto: Juliana Almirante


Conforme apontado na decisão de terça-feira, as alegações feitas pelas instituições foram respondidas pelo município. A juíza Cynthia de Araújo Lima Lopes, que expediu a decisão, detalhou que, nas ações, não há requisitos necessários para aceitar os pedidos de liminar.


Já as instituições alegam que, de acordo com dados da prefeitura de Salvador, o município já conta com cerca de R$ 800 milhões em recursos aprovados pelo Governo Federal para implementação dos primeiros trechos do empreendimento, e que no primeiro trecho de obras do BRT, que terá 2,9 km, o custo estimado está entre R$ 68 milhões e R$ 117 milhões por quilômetro, o que torna o transporte um dos mais caros do país.


Além do valor da obra, tanto os órgãos quanto o instituto relatam a ausência de anteprojeto de engenharia, de publicidade, ilegalidade no início da execução das obras, inexistência de demanda que justifique a opção pelo BRT, ausência do estudo de impacto de vizinhança e de viabilidade técnica, econômica e ambiental, ausência do projeto de mobilidade e falta de motivação para a contratação integrada.

Projeto

O trecho de 2,9 km da primeira etapa (do Parque da Cidade até a Rodoviária) da Linha 1 do projeto faz parte de uma área da cidade por onde passam cerca de 340 mil pessoas por dia no transporte público.



O canteiro de obras começou a ser instalado no trecho da Avenida ACM, próximo ao Parque da Cidade. Desde então, protestos contra o projeto são feitos na região. A Prefeitura de Salvador e o consórcio BRT chegaram a ser notificados pelo Inema por retirada de árvores do Rio Lucaia.

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