Com cerca de 20 km de extensão e 22 estações, o monotrilho terá capacidade para transportar cerca de 150 mil usuários por dia. Por Redação
A cidade de Salvador e a região metropolitana contaão, em pouco mais de dois anos, com um novo transporte. O Veículo Leve de Transporte (VLT) substituirá o atual sistema de trens que faz a linha da Estação da Calçada ao bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário, beneficiando os mais de 600 mil moradores da região. O VLT operará todos os dias do ano, das 5h à 0h.
As atuais dez estações dos trens serão desativadas e reaproveitadas para a prestação de outros serviços à comunidade, como postos da Polícia Militar e centros de atendimento.
De Salvador à região metropolitana
O transporte vai ligar o bairro do Comércio, em Salvador, à Ilha de São João, no município de Simões Filho, região metropolitana. Com cerca de 20 km de extensão e 22 estações, o sistema terá capacidade para transportar cerca de 150 mil usuários por dia – acomodando 600 passageiros, no mínimo, por composição. O VLT será do tipo monotrilho, movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente.
A escolha do modal se deu a partir de estudos realizados sobre viabilidade técnica, econômica e de demanda. De acordo com o entendimento do Governo, implantar um Veículo Leve de Transporte era a melhor opção pela vantagem financeira, sendo definido como o modal mais apropriado para substituir os atuais trens do Subúrbio. Focou-se também na inovação e no uso da energia limpa.
Além disso, o governador Rui Costa destacou que o transporte também contribuirá para o crescimento da região. “A população do Subúrbio passa a ter um transporte rápido, confortável, que abre espaço para o desenvolvimento da cidade. Novos negócios surgem, a gente atrai a iniciativa privada para construir equipamentos comerciais, residenciais, de lazer, e que geram empregos”, afirmou Rui.
Integração com o metrô
A integração do VLT Monotrilho com o sistema de metrô de Salvador vai se adequar à lógica de mobilidade do Governo do Estado, que viabiliza o funcionamento dos modais em um sistema de rede, por meio de serviços complementares.
O presidente da Companhia de Transporte da Bahia (CTB), Eduardo Copello, associou o novo projeto do VLT à qualidade e modernização trazida pelo transporte metroviário. “Seguro, rápido, acessível, pontual e que atenderá plenamente aos que precisam de um transporte público de qualidade. Depois da modernidade trazida pelo metrô, vem aí mais uma revolução na mobilidade urbana da região metropolitana”, ressaltou.
O projeto prevê uma ligação com quatro estações entre a região de São Joaquim, passando pela Via Expressa e fazendo a integração com o sistema metroviário na Estação Acesso Norte. O contrato foi assinado em fevereiro de 2019 pelo Governo e pelo consórcio Skyrail Bahia, composto pelas empresas BYD Brasil e Metrogreen – responsável pela implantação e operação do sistema.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), a previsão é que a obra tenha início em setembro deste ano e seja concluída em 24 meses. “O calendário previsto está sendo seguido. Neste momento, questões e adequações são discutidas com o governo. Mas o projeto conceitual já foi entregue”, informou a Sedur.
O investimento total é de R$ 1,5 bilhão para a fase 1 – trecho entre o Comércio e a Ilha de São João. A obra será realizada por meio da modalidade de Parceria Público-Privada (PPP).
Vantagens do modal
O projeto do VLT Subúrbio foi elaborado visando diretrizes e vantagens que poderiam ser oferecidas aos cidadãos. A intenção é implementar um sistema de transporte público coletivo de qualidade, integrado e rápido, que consiga minimizar o impacto do fluxo de veículos em Salvador e na região metropolitana.
Para desafogar o trânsito, o VLT será vinculado aos sistemas de transporte existentes na cidade. Inclusive, a integração tarifária com ônibus e metrô também está prevista no projeto.
Além disso, o tipo de modal foi escolhido com o intuito de não afetar negativamente o meio ambiente, como acontece com a maioria dos sistemas de transporte. O desenho urbanístico prevê a construção de uma área verde e a implantação, ao longo da malha férrea já existente, de passeios, travessias, áreas para serviços, estacionamentos e sinalizações .
Os cidadãos poderão contar, ainda, com bicicletários, paraciclos e ciclovias no entorno imediato às paradas, o que contribui para a acessibilidade no local.
O projeto também prevê o fechamento lateral da via no trecho Calçada – Ilha de São João, a fim de garantir a segurança operacional e das pessoas. Passagens para pedestres e veículos serão construídas em pontos estratégicos para facilitar a experiência do usuário.
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