Governador Rui Costa destacou importância e disse que conclusão deve levar 4 anos. Por Wendel de Novais
Publicado no Correio*
O contrato definitivo para a construção da Ponte Salvador-Itaparica foi assinado, na manhã desta quinta-feira (12), pelo governador Rui Costa. O evento aconteceu na área em frente ao prédio da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Além da assinatura pelo Governo do Estado, o documento também foi assinado pelo consórcio chinês que irá realizar a obra, formado pelas empresas China Communications Construction Company (CCCC Ltd), CCCC South America Regional Company (CCCCSA) e China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20).
A ponte terá uma extensão de 12,4 quilômetros, com acessos em Salvador, por túneis e viadutos, e em Vera Cruz, com a ligação à BA-001. Com o documento assinado, as empresas terão um ano para elaborar o projeto e outros quatro para execução do equipamento.Rui Costa comemorou a assinatura e falou que a obra será de grande importância para o baixo sul. "É a maior ponte em mar aberto da América da Sul. Eu diria que ela vai iluminar com desenvolvimento e emprego o outro lado da ponte. Ela se pagará em pouco tempo depois de pronta porque trará um grande desenvolvimento urbano para o baixo sul", disse.
Quando concluída, a ponte contará com duas pistas, cada uma delas com duas faixas e acostamento, e ainda com um trecho estaiado de 860 metros. A previsão é que sejam gerados aproximadamente oito mil empregos durante a construção.
O governador falou também que o pedágio não deve ficar diferente do que os cidadãos já pagam hoje para fazer a travessia. "O valor do pedágio que precisará ser pago para quem passar pela ponte Salvador-Itaparica é o mesmo que os cidadãos pagam hoje no ferry boat. Não haverá acréscimo no valor que pagam hoje para atravessar", afirmou. "O que vamos analisar é se há a possibilidade de fazer um valor menor para os cidadãos que fazem diariamente o famoso bate e volta entre a ilha e a capital".
Ele explicou como funcionará o pagamento da ponte. "O modelo de negócio consiste em um investimento de R$5,4 bilhões e aporte do Estado de R$1,5 bilhão, via parceria público-privada", disse. O governador voltou a negar que haja sobrepreço na obra. "Eu, às vezes, fico na dúvida se acho graça ou fico indignado. Você falar, em uma obra de uma complexidade dessa, de um sobrepreço de 3% já que existe uma resolução do TCU que não há o que se falar em projetos como esse de diferenças de até 5% e alguém, que nem conhece engenharia pra calcular isso, vai falar do número de 3%".
Quem também elogiou a obra e classificou o momento de firmação do contrato como histórico foi o senador Jacques Wagner, que esteve presente no evento. "Mais do que uma ponte, é uma construção de um sonho dos baianos como todo. Uma obra que vai orgulhar a todos nós pela sua dimensão e também pela sua beleza", disse.
A gerência da ponte, que é um projeto executado em Parceria Público-Privada (PPP), será do consórcio chinês por 30 anos. A expectativa é de que o equipamento receba um fluxo de 28 mil veículos por dia já no começo. Em Salvador, o acesso será pela região de Água de Meninos. Em Itaparica, a cabeceira ficará na área da Gameleira.
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